Florianópolis aumenta o número de salas multimeios para atender estudantes com deficiências
Para avançar no processo de inclusão, a Prefeitura de Florianópolis está aumentando o número de salas […]
Para avançar no processo de inclusão, a Prefeitura de Florianópolis está aumentando o número de salas multimeios para o atendimento educacional especializado. De 26, o número passou para 31 espaços constituídos de mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos.
Dados apontam que havia na rede municipal de ensino da capital 710 estudantes com deficiência visual, auditiva, intelectual ou motora-física, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Altas Habilidades/Superdotação. Estudantes que estavam matriculados na Educação Infantil, Ensino Fundamental e na modalidade de Educação de Jovens, Adultos e Idosos.
Por meio de diálogos com professoras de educação especial, equipes pedagógicas e direção de unidades educativas, a Secretaria Municipal de Educação abriu novas cinco salas multimeios: no Sul (Escola Básica José Amaro Cordeiro, no Morro das Pedras), no Norte (Escola Básica Albertina Madalena Dias, na Vargem Grande), no Leste (Creche Lausimar Maria Laus, no Rio Vermelho) e no Continente (Creche Machado de Assis, em Capoeiras, e na Creche Maria Barreiros, na Coloninha).
A decisão se deu para atender com mais qualidade toda a demanda de estudantes, professores e famílias. De acordo com o secretário de Educação, Maurício Fernandes Pereira, o atendimento ocorre no turno oposto ao da sala de aula comum, na escola em que o estudante frequenta ou em outra unidade mais próxima.
As escolas que possuem salas multimeios são denominadas de salas polos e as demais da própria região são as unidades de abrangência.
Para dar atenção aos estudantes, há professores de educação especial que atuam no atendimento educacional especializado, e auxiliares para estudantes que necessitam de acompanhamento.
Há ainda professores e intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), além de professores que atuam no Centro de Atendimento Pedagógico para Alunos com Deficiência Visual – CAP.
Um potencial a ser desenvolvido
Sulísia Westphal Román é uma das profissionais de educação especial na Escola Básica Virgílio Várzea, em Canasvieras. O local atende também crianças das creches Clair Gruber Souza e Doralice Teodora Bastos. Há 21 estudantes com deficiência: 7 na categoria “intelectual”, 1 com baixa visão, 2 com problema motor e 11 com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Outros doze casos estão em observação.
Sulísia diz que sempre foi encantada, entusiasmada, no que diz respeito a ser professora. “Acredito que cada pessoa tem um potencial a ser desenvolvido. Com as parcerias, as salas multimeios, podemos descobrir estratégias para estimular este potencial”.
É na sala multimeios, por exemplo, prossegue a professora, que há uma “casinha azul”. Mas, como esse objeto contribui no desenvolvimento de uma criança autista que não oraliza?. Sulísia responde: “a criança Identifica ambientes, objetos”. Por sua vez, salienta, o que emerge neste espaço é essencial nas trocas com os professores e demais profissionais envolvidos, bem como com os familiares”.
É importante, segundo ela, acreditar na diversidade e nas singularidades presentes nas salas de aula. “Muitos professores já compreenderam e enriquecem esse movimento da sala multimeios”.
Por Undime-SC – Com a contribuição da SME de Florianópolis
Siga a UNDIME-SC