2ª edição do Prêmio Lume: 12 escolas recebem nesta terça-feira premiação por referência em alfabetização

Inclusão, afetividade entre família e escola, proficiência, ensino integral, estímulo à leitura. Na próxima terça-feira (19/11), a partir das 13h30, uma solenidade na Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em Florianópolis, marcará a entrega do “Prêmio Lume: Escola Referência em Alfabetização”. Durante o evento haverá a palestra “Transformação pelo afeto – que ninguém seja invisível ao seu lado”, com o ator, jornalista e escritor Fabrício Carpinejar.

Serão premiadas 12 escolas públicas estaduais e municipais de Santa Catarina que se destacaram em ações de alfabetização. Nesta edição, o prêmio contemplou o desempenho educacional na alfabetização dos alunos das séries iniciais. As unidades educacionais foram selecionadas por meio da nota da Prova Alfabetiza SC e das ações de incentivo à leitura, aprendizagem e inclusão social. O Alfabetiza SC é uma avaliação feita pelo Estado de Santa Catarina com alunos do 2º Ano do Ensino Fundamental da rede pública estadual e municipal dos 295 municípios catarinenses.

As escolas premiadas que venceram a 2ª edição do Prêmio Lume: Escola Referência em Alfabetização são uma municipal e uma estadual de cada mesorregião de Santa Catarina (Oeste, Norte, Serra, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e Sul). Representantes das instituições de ensino receberão um certificado de reconhecimento e uma placa comemorativa.

A premiação é organizada pelo Grupo Estratégico de Monitoramento dos Planos de Educação, que, por sua vez, tem como um de seus coordenadores o Ministério Público de Santa Catarina e é composto por outras nove instituições. Haverá transmissão pelo canal do MPSC no YouTube.

O Prêmio Lume  

O prêmio é uma iniciativa do Grupo Estratégico de Monitoramento dos Planos de Educação, do qual o MPSC é um dos coordenadores. Integram ainda o Grupo Estratégico de Monitoramento dos Planos de Educação o TCE/SC e o MPC/SC.

Os objetivos do Prêmio Lume são apurar e estimular o cumprimento dos Planos Nacional, Estadual e Municipais de Educação, estimular o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, apoiar o desenvolvimento de experiências inovadoras de alfabetização que atendam à diversidade cultural e à inclusão educacional e estimular o desenvolvimento da gestão democrática nas unidades escolares, tendo como foco a melhoria dos resultados da alfabetização.

Outros objetivos dessa iniciativa são desenvolver processos de melhoria contínua da qualidade social da educação nas unidades escolares, desenvolver de forma qualificada os processos e as práticas de gestão de serviços de apoio, recursos físicos e financeiros, incentivar a participação e a troca de experiências entre profissionais da educação em projetos inovadores e criativos para a educação pública em Santa Catarina. Assim, formando uma rede de boas práticas e valorizando a atuação de estudantes, de profissionais da educação, da comunidade escolar e da sociedade em prol da alfabetização na idade recomendada.

Confira mais sobre os vencedores do prêmio: 

GRANDE FLORIANÓPOLIS 

* Centro Educacional Municipal Interativo – São José

São 569 alunos no ensino fundamental e em todas as salas há pelo menos quatro alunos autistas. Além da inclusão, outro diferencial da escola é o foco na capacitação dos professores. A escola é a única em São José em que alunos, autistas ou não, recebem acompanhamento de uma psicopedagoga durante a alfabetização.

* Escola de Educação Básica Professora Zulma Becker – Santo Amaro da Imperatriz

A escola atende 381 alunos do primeiro ao nono ano. O destaque foi a troca semanal de todos os livros da biblioteca, com foco em autores brasileiros. As aulas de informática, realizadas no mesmo ambiente que a biblioteca, complementaram a alfabetização com o uso de computadores, jogos e tablets.

NORTE 

* Escola Básica Municipal Maria Lovatel Pires – Canoinhas

O destaque foi a parceria entre a família e a escola. No processo de aprendizagem, é levado em conta não somente o cognitivo da criança, mas também o aspecto afetivo. As ações estão voltadas para a inclusão social, por meio do atendimento educacional especializado (AEE), incentivo à leitura e a alfabetização, com o projeto “Alfabetização na idade certa”. A instituição fica na área urbana da cidade e tem cerca de 250 alunos matriculados.

* Escola de Educação Básica Antonio Blaskowski – Itaiópolis

Localizada na área rural do Município de Itaiópolis, tem 271 alunos do ensino fundamental ao médio. Realiza atividades de estímulo à leitura e foco na alfabetização com os estudantes do primeiro e do segundo ano. Alcançou índice de proficiência de 77% na alfabetização. O índice do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) subiu comparativamente no ano de 2021 para 2023 de 5,8 para 6,3. Resultados são atribuídos ao trabalho conjunto de professores e a comunidade em geral, com o apoio do governo.

SUL 

* Escola Básica Municipal Professor José Motta Pires – Araranguá

Acessibilidade e mistura entre estudos e diversão – por exemplo, o processo de aprendizagem em uma preparação de receita de bolo e a horta da escola, em que são trabalhadas a alimentação saudável e habilidades em matemática e língua portuguesa. Também se destaca o olhar para a criança estar alfabetizada na idade certa – faz-se um diagnóstico quando há algum problema com a criança e ela não consegue evoluir e, na sequência, a comunicação à família, além da formação continuada dos professores.

* Escola Municipal Rubens de Arruda Ramos – Criciúma

Destaque para o reforço do ensino integral aliado a atividades complementares que unem diversão e cultura por meio do projeto de escola integral. No período matutino, a base curricular; no vespertino, atividades complementares em áreas intelectuais e com acompanhamento pedagógico, além de vivência cultural.

VALE DO ITAJAÍ 

* Escola de Educação Básica Professora Izolete Eliza Gouveia Müller – Blumenau

Fica no bairro Valparaíso, em Blumenau. A instituição foi fundada em 1970 e hoje atende 740 alunos do ensino fundamental I e II. A Diretora, Luise Mabel da Costa Teles, explica que os projetos de alfabetização implementados pelos professores vão muito além das obrigações previstas na Base Nacional Comum Curricular, gerando um diferencial. Professores trabalham com projetos sobre leitura, alimentação saudável e geometria desde o primeiro ano dos estudantes.

* Escola Municipal Vendelim Schweitzer – Luiz Alves

Localizada no Centro Ribeirão Miguel, a unidade foi inaugurada em 2003 e atende 408 estudantes do pré e do ensino fundamental I. A Diretora, Edecléia Rech Zimmermann, afirma que o incentivo à leitura faz toda a diferença na vida dos alunos e que a instituição conta com profissionais para auxiliar aqueles com dificuldades em aprender a ler e escrever.

OESTE 

* Escola de Educação Básica João XXIII – Maravilha

Buscar atingir o aluno no nível em que ele está é o diferencial que a escola acredita ter sido crucial para conquistar o prêmio. Os processos de aprendizagem vão além do básico e promovem evolução tanto na leitura quanto na escrita.

* Escola Municipal de 1º Grau Professora Jacy Falchetti, a Projaf – Arroio Trinta

Por meio de uma pesquisa feita com os alunos no início do ano, a escola identifica o nível de conhecimento das crianças e as dificuldades que elas têm. As aulas de produção de texto, por exemplo, são momento de diversão e criatividade.

SERRA 

* Escola de Educação Básica Santa Teresinha – Curitibanos

Fundada em 1933, atualmente recebe 1.081 estudantes. O lema da instituição é “educar é pensar no futuro”, e a Diretora, Daniela Isana Longhi Loesch, diz que o prêmio traz muita alegria e satisfação a todos. “Esse reconhecimento nos dá mais força para permanecer lutando pelo desenvolvimento da nossa sociedade”, conclui.

* Escola Municipal de Ensino Fundamental Sebastião da Silva Ortiz – São José do Cerrito

Inaugurada em 1992, hoje atende 198 alunos cerritenses. A Diretora, Elizabete de Lima dos Santos Albuquerque, diz que as práticas desenvolvidas no dia a dia pelos professores tornaram a escola referência em alfabetização. “Esses métodos despertam a vontade dos alunos em vir para a escola aprender”, diz.

Fonte: MPSC