Rodolfo Pinto da Luz assume a cadeira cativa da educação no município

A persistência em obter resultados concretos é um dos atributos do secretário. Ele acompanha de perto o desenvolvimento das atividades escolares nas instituições municipais. Foto: Ricardo Medeiros.

O bigode que o acompanhava há anos já não existe mais. É uma nova fase visual para o secretário de Educação de Florianópolis, Rodolfo Pinto da Luz, comemorada juntamente com seu sucesso profissional. Vencedor de diversas medalhas pela carreira na educação, dentre elas, Ordem do Mérito, e a mais recente, de honra ao mérito, pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), ele destaca: “Eu sou muito persistente, vou até o fim. Se não for assim, não fazemos nada em lugar nenhum, principalmente no Brasil e ainda mais no setor público”, desabafa. Com ele sempre foi assim. Desde a época do colégio, quando arrecadava dinheiro para excursões, e durante os anos em que cursou Direito na Universidade Federal (UFSC) e fazia parte do diretório central dos estudantes.

Pinto da Luz credita esse espírito entusiasta à formação colegial em Joinville, maior cidade do estado e conhecida por seu empreendedorismo, onde morou com a família por muitos anos, antes de mudar-se para a capital de Santa Catarina, em 1967. Nasceu em São Francisco do Sul, no Norte do Estado, em 30 de julho de 1948. É casado há 42 anos com Lígia, e pai de Rodolfo, que mora com a família no Canadá. Torcedor do Figueirense, “sem fanatismo”, ele deixa bem claro, Rodolfo Pinto da Luz coleciona selos desde criança e tem como hobby assistir a filmes e espetáculos em companhia de sua esposa.

Na mesma universidade em que graduou-se em Direito, ele foi professor. Em 1973 foi convidado a assumir o departamento de assuntos universitários do Ministério da Educação (MEC), em Brasília. Voltando para Florianópolis anos depois, foi pró-reitor e reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, entre 1984 e 1988, período, segundo ele, de muitos desafios. “Era uma época de transição política no Brasil, havia muita tensão dentro da universidade devido a problemas de demandas trabalhistas. Tudo isto conflitava muito dentro e fora, pois as decisões salariais não partiam de dentro da universidade”, relembra.

Após o mandato, retornou a Brasília para assumir duas pastas do MEC – Educação Superior e Desporto –, entre 1993 e 1994. Exerceu interinamente nesta mesma época, os cargos de Ministro da Educação, Secretário Executivo do MEC e Presidente da CAPES.

De volta a Florianópolis, reassumiu as rédeas da UFSC, com dois mandatos consecutivos como reitor, de 1996 a 2004. “Nesse período tudo estava mais consolidado. Os conflitos ideológicos eram menores, mas a questão salarial continuou a mesma. Chegamos a situações críticas com a falta de recursos, tínhamos que captar tudo de fora. Muitos projetos de pesquisa e extensão feitos pelos professores eram o que gerava recursos para os laboratórios, que ajudavam nas pesquisas, graduação, pós-graduação, para a compra de equipamentos, o que permitiu que a universidade crescesse”, lembra.

Secretaria do município

Após larga experiência na área, em 2005 o professor Rodolfo assumiu a Secretaria de Educação de Florianópolis, na gestão do prefeito Dário Berger (PMDB), onde permaneceu até 2012, ano de eleições.

Um novo desafio estava por vir. Em 2012, deixou a secretaria para candidatar-se a vice-prefeito de Gean Loureiro, pelo PMDB. Eleições terminadas, e com a vitória de Cesar Souza Júnior, candidato concorrente, Rodolfo Pinto da Luz recebeu um convite: reassumir a educação do município. “Fiquei muito lisonjeado, para mim foi uma grande surpresa e uma oportunidade para dar continuidade ao meu trabalho”, revela.

Na esfera municipal já esteve também à frente do IPUF – Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis, em 1989, e Fundação Franklin Cascaes, em 2009.

Educação infantil

Frutos de seu trabalho estão espalhados pela cidade. Hoje, a Secretaria de Educação é responsável por 53 creches, 23 Núcleos de Educação Infantil, 10 Núcleos de Educação Infantil vinculados, 9 Escolas Desdobradas e 27 Básicas. “Conforme a demanda de crianças aumenta, vamos atrás de recursos para a construção de mais escolas”, afirma. O secretário acompanha de perto as instituições, através de visitas periódicas: “preciso ver se está tudo em ordem”, conta.

Fonte: Jornal Imagem da Ilha.