Undime-SC defende autonomia dos municípios na retomada das aulas presenciais
Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira, 10, com representantes da Secretaria de Estado da Educação […]
Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira, 10, com representantes da Secretaria de Estado da Educação (SED), Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e Associações de Municipais de Santa Catarina, na intenção de tratar de protocolos que venham atender às necessidades gerais das redes, municipal e estadual, para uma possível formalização de acordo coletivo de retorno às aulas presenciais, a Undime-SC demonstrou-se preocupada com a possibilidade de estabelecer um calendário único, sem flexibilidade e autonomia para avaliar as situações regionais.
De acordo com a presidente da instituição, Patrícia Lueders, o alinhamento entre as entidades educacionais se faz necessário neste momento, visando a construção de um planejamento sólido, capaz de minimizar riscos de uma retomada precoce, analisando e estabelecendo, de forma conjunta, condições favoráveis para um retorno seguro.
“Temos que trabalhar com diagnósticos, tanto da área da saúde, quanto dos municípios, pra entender a situação funcional das unidades escolares e suas regiões. A Undime defende a retomada das atividades escolares, mas com algumas ressalvas, dentre elas, a liberação dos órgãos de Saúde e um protocolo mínimo para todos, pra que possam avaliar o caso de acordo com as especificidades locais”.
A presidente explica ainda, que ouvir as famílias é essencial na construção de uma base consensual fortalecida. “Precisamos colocar em pauta o ensino híbrido, assim como novos investimentos e financiamentos, que serão necessários para uma retomada tranquila”. Essas e outras ponderações vêm sendo discutidas pelos gestores educacionais e órgãos competentes, no sentido de compreender e analisar melhor o cenário atual e, a partir daí, estabelecer uma organização realista.
“Falar em previsão sem diagnósticos reais é precipitado demais, temos que analisar os resultados, ouvir a base e adequar os protocolos para, então, se pensar num possível retorno. Temos a obrigação de preservar a vida dos estudantes e suas famílias, por isso estamos ajustando o planejamento a partir das observações, pra conseguirmos chegar num denominador comum sem prejuízos maiores”, conclui a presidente.
Encontros virtuais vêm sendo realizados, com assiduidade, por profissionais da educação e do grupo de trabalho formado por representantes da Undime-SC, SED, Fecam, CEE, Uncme, Udesc, TCE, MP e MPC, responsáveis pelas avaliações a nível estadual. Nesta manhã, a Undime pode ouvir os dirigentes Municipais de Educação em uma reunião fechada. Na ocasião, o presidente da Uncme, Claudio Luiz Orço, ressaltou a importância da atuação do Conselho no trabalho conjunto com as secretárias de educação, pra se consolidar uma iniciativa que venha ser referencial neste momento tão desafiador pra Educação.
Um diagnóstico da Saúde deve sair nos próximos dias, contendo um panorama das regiões afetadas pela Covid-19 e a atual situação. Até lá, outras reuniões devem acontecer com objetivo de coletar informações essenciais pra subsidiar a tomada de decisão do grupo de trabalho. A Undime-SC participará, na próxima quinta-feira, 18, de um encontro com a SED para apresentar novas considerações municipais, que farão parte das discussões posteriores ao diagnóstico.
Por Bruna Carvalho
Undime-SC
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