Undime-SC apresenta ações pela recuperação de aprendizagens no Estado e a prática do município de Brusque baseada em evidências
Diálogo aconteceu no último dia de atividades do Summit Cidades 2025, na capital
A palestra ‘Experiência Municipal na Recuperação das Aprendizagens: Uma Prática Baseada em Evidências’ abriu a programação do último dia do Summit Cidades 2025, nesta quinta-feira (26), no Palco Políticas Públicas, em Florianópolis. A conversa foi entre o consultor de Educação e assessor técnico da Undime-SC, Plauto Mendes, e a Dirigente Municipal de Educação de Brusque/SC (DME), Franciele Mayer, que trouxeram um recorte com as mudanças da educação catarinense a partir da Emenda Constitucional (EC) 108/2020, modelo de avaliação e case do município de Brusque, com o Projeto Aprende+.
Mendes contextualizou a promulgação da EC 108, que trata da distribuição dos recursos por resultado de aprendizagem e equidade e, ainda, citou o novo instrumento de avaliação em Santa Catarina, construído pela Secretaria Estadual de Educação (SED) em parceria com o Tribunal de Contas (TCE/SC), Ministério Público (MPSC), e a Undime-SC. “O objetivo é que não seja só uma avaliação de larga escala que traça um resultado, mas que ele traga ferramentas para criar estratégias e metas de aprendizagem. Permitindo com que os municípios possam planejar e garantir a aprendizagem de todos os estudantes”, destaca.
A introdução conduziu para a apresentação do Projeto Aprende+, da Rede Municipal de Educação de Brusque, que atua na recuperação de aprendizagem por meio de evidências desde 2020. Mayer explicou o funcionamento da ferramenta, que visa oportunizar a recuperação de conteúdos para quem se encontra em defasagem e trabalhar as habilidades não consolidadas.
“É feito um monitoramento de todos os estudantes do ensino fundamental e dentro do projeto há uma diferença de metodologia de avaliação entre grupos. No primeiro e segundo ano nós usamos um diagnóstico de alfabetização próprio, já do terceiro ao nono ano, a partir deste ano estamos utilizando dados disponibilizados pelo CAED, o que nos possibilita identificar quem não atingiu as habilidades necessárias e trazê-los no contraturno”, explica.
Segundo a DME, o projeto vem amadurecendo a cada ano e se moldando as necessidades. “Na educação as políticas públicas não são políticas imediatas. Nós precisamos de um tempo de implementação, avaliação, para aperfeiçoar. A gente entende e ouve os nossos profissionais, os nossos professores, servidores lá da ponta, para compreender o que precisa avançar, o que deu certo, o que precisa ser reformulado”, coloca.
Atualmente, o município conta com 80% dos estudantes recuperados. Um percentual gratificante aos envolvidos e uma experiência satisfatória para quem recebe alta do projeto. “O rendimento dos estudantes é avaliado por profissionais licenciados – professora e pedagoga – por meio de uma ferramenta que contem registros do andamento do estudante, se atingiu ou não os requisitos e gera o relatório final. A partir dele, junto do coordenador pedagógico e gestão da escola, eles fazem uma análise se o estudante pode ou não ganhar alta do programa”, pontua Mayer.
As avaliações acontecem trimestralmente e ao final de cada um é emitido o relatório avaliativo de quem permanece no projeto, com registro de presença, que é encaminhado aos responsáveis para que seja assinado. Um compromisso firmado entre escola e família para que o estudante frequente as aulas e permaneça no projeto.
A programação da seccional catarinense no Summit Cidades continua na tarde desta quinta (26), com os temas: ‘Inovação na Rede Municipal: a experiência com a sala de ciência e tecnologia’ (13h); ‘A importância dos órgãos de controle na garantia do direito à Educação’ (14h); e ‘Novo PNE: garantia de direitos e os desafios do financiamento’ (17h). Além disso, a Undime-SC também está presente no palco Cidades Inteligentes com a palestra ‘Inteligência e Evidências para o Desenvolvimento da Educação da Rede Pública Municipal’ (16h30)
Fonte: Undime-SC
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