Escola de Irani ganha Oficina de Maquetaria

A ideia é resgatar a história da cidade e ampliar o acervo do único museu com curadoria mirim da região oeste de SC

A Escola Básica Municipal Sebastião Rodrigues de Souza ganhou reforço para elaboração das peças que retratam a história de Irani, em especial ao que se refere à guerra do Contestado. Trata-se da Oficina de Maquetaria, na qual os estudantes aprendem a usar materiais alternativos e técnicas para a construção das maquetes.

A instrutora do curso é acadêmica de Arquitetura e Urbanismo da Univali de Balneário Camboriú, Gabriela Bernardi, compartilhou com os alunos do sexto, sétimo e oitavo anos, conhecimentos sobre técnicas de construção, revestimento, pintura e acabamentos de maquetes, desde a base até a finalização, incluindo vegetação, lagos e outros detalhes importantes.

Ela explica que “a proposta é mostrar que é possível construir maquetes com qualidade e estética a um custo baixo, usando materiais alternativos como palitos, bombrio, argila e restos de esponja, por exemplo. Gabriela ensina que o principal é usar e abusar da criatividade, caprichando principalmente no enriquecimento de detalhes e no acabamento que, segundo a instrutora, fazem toda diferença no resultado final do trabalho.

Para o professor Jucemar Antônio Souza da Luz, idealizador do museu, esse aprendizado vai trazer maior qualidade às futuras produções do colégio e fazer com que o espaço possa oferecer não apenas história, mas também beleza. “Só tenho a agradecer ao Sebrae e às consultoras Sílvia Nowalski e Karla Hall pela disponibilidade e interesse em contribuir conosco, essa tarde com certeza é um momento muito especial para todos nós”.

Os alunos tiveram orientação teórica e em seguida partiram para a prática. Divididos em grupos com diferentes responsabilidades, eles construíram uma maquete utilizando papel, isopor, cola, esponja, fios de cobre e tinta de tecido. Todos participaram, inclusive as professoras de história, geografia e artes que, junto com o grupo de alunos, vão ser multiplicadoras do conteúdo para os demais estudantes da escola.

Descobrindo novos talentos

Darlei Sarturi com a colegas de turma.

Darlei Sarturi tem 16 anos tem uma vocação natural para a arte. Ele é tímido para admitir, mas os colegas dizem que seus traços são perfeitos e que ele é capaz de retratar qualquer coisa em desenho. Na oficina ele ajudou a construir árvores para o cenário da maquete, mas também descobriu que a arte pode ser expressada de diferentes formas. “Foi fácil e divertido. Gostei do aprendizado e do resultado”, avalia cabisbaixo e tímido.

A professora de artes, Lidiane Tressino, elogia o desempenho de Darlei e diz que assim como ele outros alunos tem familiaridade e gosto pela arte, ressaltando o papel da escola em estimular o desenvolvimento dos estudantes e promover uma educação inclusiva, com espaço para todas as manifestações culturais e artísticas. Ela enfatiza que o curso é uma base para o início das novas maquetes que serão construídas para o museu e um novo despertar no processo criativo dos alunos. “Adorei a oficina e as técnicas trazidas pela Gabriela. É uma grande contribuição na visão estética das maquetes e no nosso trabalho de ensinar arte. Compartilho da opinião do professor Jucemar, quando ele diz que temos que nos preocupar em representar, mas pensar também na beleza e no resultado final do trabalho, especialmente quando nosso foco é expor esses materiais”, conclui.

Dezesseis alunos e quatro professores participaram da oficina que aconteceu nas dependências da EBM Sebastião Rodrigues de Souza.

Undime-SC – com a contribuição da SME de Irani.