Escola municipal realiza atividades com renda de bilro na semana do aniversário da Capital

As crianças irão conhecer uma rendeira da comunidade, suas histórias e cantigas   Chegando ao Brasil […]

Publicado em Notícias - 22/03/2018.

As crianças irão conhecer uma rendeira da comunidade, suas histórias e cantigas

 

Chegando ao Brasil através dos portugueses, a renda de bilro é uma arte delicada que faz parte da cultura e da tradição de Florianópolis. Para homenagear a cidade, que completa 345 anos nesta sexta-feira, 23 de março, a Escola Básica Municipal Acácio Garibaldi São Thiago, na Barra da Lagoa, irá realizar, no dia 22, atividades envolvendo o artesanato com as crianças.

De acordo com a professora de artes, Jane Elisa de Marco Maia, a ideia partiu de uma conversa sobre a importância de enaltecer a tradição local, já que a unidade se localiza na Barra da Lagoa, um bairro que mantém viva a cultura trazida pelos primeiros moradores vindos dos Açores, como a pesca e a renda de bilro. Assim, foi feito o contato com uma rendeira da comunidade, dona Maria de Lourdes de Jesus, e ela fará uma apresentação do artesanato, contando histórias do passado e cantigas que embalavam esses momentos.

“A ideia é que todos os alunos possam vivenciar e ouvir as cantigas e histórias que uma rendeira tradicional possa apresentar”, explica a professora Jane. O objetivo é proporcionar aos estudantes um momento de observação e contemplação da cultura açoriana, para que conheçam e valorizem suas raízes.

Além da atividade com renda de bilro, haverá uma apresentação do coral de crianças da unidade cantando Rancho do Amor à Ilha e uma mostra de pinturas em aquarela e outras técnicas.

 

Dona Maria de Lurdes

Dona Maria de Lourdes de Jesus

Dona Maria

Maria de Lourdes de Jesus reside no Retiro da Lagoa desde que nasceu. Começou a fazer renda de bilro com 7 anos, após ter aprendido com a mãe e a avó. Antigamente, a família negociava as rendas com uma pessoa que revendia no centro de Florianópolis. Alguns anos mais tarde, quando o turismo na Capital se fortaleceu, passaram a comercializar na frente de casa. Hoje, dona Maria vende o artesanato no Casarão da Lagoa, onde também é professora de rendas.

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