Projeto leva educação financeira para escolas de Massaranduba

Secretaria lançou na segunda-feira (9) programa que deve atingir cerca de 650 estudantes na primeira etapa […]

Publicado em Notícias - 10/04/2018.

Massaranduba

Objetivo do programa é preparar as crianças para lidar com responsabilidade e com o dinheiro, reduzindo o consumismo | Foto Eduardo Montecino/OCP

Secretaria lançou na segunda-feira (9) programa que deve atingir cerca de 650 estudantes na primeira etapa

Pensar a educação de maneira ampla e integral. Esse é o desafio da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Turismo de Massaranduba. É na menor cidade da microrregião que nasce um programa que pretende preparar os estudantes para o futuro, pensando em minimizar os impactos de uma sociedade que incentiva o consumo desenfreado. O Programa de Educação Financeira foi lançado nesta segunda-feira (9) e nasce com um objetivo muito claro: preparar as crianças para ter responsabilidade na hora de lidar com o dinheiro.

O programa, que deve atingir cerca de 650 estudantes da rede municipal de ensino, contará com uma aula semanal voltada à educação financeira. Para o secretário de Educação, Cultura, Esporte e Turismo, Cristiano Tironi, o foco é formar cidadãos mais conscientes. “As nossas crianças estão sendo moldadas a serem consumidoras fiéis, é isso que vendem a elas e a ideia é que os estudantes saiam da escola tendo consciência da diferença entre desejo e necessidade”, enfatiza.

Desenvolvido pelo Lemin (Laboratório de Educação Matemática Isaac Newton) em parceria com a Secretaria, o programa será implantado, em uma primeira etapa, para as crianças do 1º ao 5º ano, mas o objetivo é, futuramente, estendê-lo aos alunos de 6º ao 9º ano. Tironi enxerga no programa objetivos que vão além da educação financeira de maneira pura e restrita aos números, indo ao encontro de outras áreas, como por exemplo, a ambiental. “Nossa expectativa é de que tenhamos no futuro uma sociedade mais consciente, mais educada financeiramente. Com isso, que se consiga reduzir o consumismo e, automaticamente, ajudar em várias questões. Uma delas é a ambiental, reduzindo a quantidade de lixo produzido”, diz.

Além disso, ressalta o secretário, trabalhar questões aparentemente “adultas” como as finanças com as crianças minimiza as chances de termos, no futuro, uma sociedade endividada. “Muitas vezes as pessoas se endividam justamente por não diferenciarem o desejo da necessidade e com esse endividamento surge uma série de outros problemas. Esse programa visa justamente educar para reduzir esses problemas. É um programa no qual colheremos os frutos lá na frente, investindo no futuro em diferentes esferas”, avalia.

Trabalhando em parceria, inclusive, com a iniciativa privada, o programa contou com um investimento de R$ 40 mil, viabilizado pela Cooperativa Viacredi, para a elaboração e confecção dos livros que serão utilizados pelos estudantes.

Para a diretora da Escola Municipal Professora Maria Machado Kreutzfeld, Sandra Reikavieski, o programa traz métodos para trabalhar questões importantes com uma geração de estudantes que está iniciando a vida escolar. “Temos uma geração muito consumista e nós temos que saber lidar com isso, em como a gente vai ajudar essas crianças a trabalhar nesse sentido, a reduzir o consumo, a incentivar a compra consciente. Então, acho que esse programa veio bem ao encontro a uma necessidade nossa”, diz.

Sandra acredita na aceitação e no desenvolvimento das crianças com o decorrer do programa, muito pela curiosidade e pelo anseio do “novo” no ambiente escolar. “As crianças geralmente recebem as novidades com muita espontaneidade e curiosidade, ainda mais que o material está muito bonito e instigante. O conteúdo é legal e pertinente, então, eles devem receber bem e, a mudança é necessária. O resultado não é algo que iremos ver de imediato. O que vem sendo desenvolvido agora, será colhido lá na frente. Agora, estamos plantando as sementinhas para colher os frutos daqui um tempo”, avalia.

O secretário ressalta ainda que a ideia é integrar as áreas diversas para fortalecer o currículo. “A gente ainda tem uma perspectiva de escola fragmentada, então, precisamos unir, conectar o desconectado. A ideia é aproximar a escola da realidade e fazer com que a educação de dentro da escola impacte nas famílias e no cotidiano”, finaliza.
Vivência em sociedade ganha espaço nas salas

Criar políticas públicas de equidade e direcionar projetos e programas que tratem de temas comuns à sociedade dentro do universo escolar é o objetivo do secretário de Educação, Cultura, Esporte e Turismo, Cristiano Tironi. Visando o desenvolvimento pleno e amplo dos estudante, a Secretaria tem impulsionado a criação de parcerias para a implementação de ações que fogem um pouco da “educação tradicional”. Para Tironi, é necessário ampliar a visão em relação a educação. “Estou procurando muito nessa gestão sair da caixinha, procurar parcerias e desenvolver ações diferenciadas”, diz.

Além do programa de educação financeira, a secretaria tem apostado em parcerias com universidades e organizações internacionais, oportunizando experiências diferentes a professores e alunos da rede municipal de ensino. Projeto Resgate a Árvore, Programa de Eco Formação, Programa Laboratório de Leitura e Escrita, são algumas das ações.

“A nossa educação já é referência, mas a gente precisa dar um upgrade. A ideia desses projetos é trabalhar a educação de uma maneira diferenciada. O diferenciado é uma tendência da nossa atual sociedade e isso precisa influenciar a educação para uma formação mais integral. Com isso, tornamos os nossos cidadãos mais conscientes, reflexivos e críticos”, finaliza.

 

Fonte: Correio do Povo
https://goo.gl/j9Qz6x

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