Síndrome de Down: Desafios e Recompensas

A Secretaria Municipal de Educação de São José avança na cidadania das pessoas com deficiência, ao […]

Publicado em Notícias - 22/03/2018.

Ana Flávia Piovezana com sua mãe Nevair Regina Piovezana

Ana Flávia e sua mãe Nevair Regina Piovezana.

A Secretaria Municipal de Educação de São José avança na cidadania das pessoas com deficiência, ao tratar de questões relacionadas à educação e ao combate ao preconceito e à discriminação. Dessa forma, o Setor de Comunicação e Projetos Educacionais da SME se inspirou na história de vida de Nevair Regina Piovezana, com o objetivo de evidenciar o Dia Internacional da Síndrome de Down, 21 de março.

A Síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos desde o nascimento da criança. As pessoas com Síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. O mais importante é descobrir que elas podem alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançar com crescentes níveis de realização e autonomia, ocupando um lugar próprio e digno na sociedade.

Nevair é professora da rede municipal de ensino de São José e conta que receber a notícia de que sua filha tinha a síndrome, não foi fácil. “Fiquei muito chocada, talvez pela forma indelicada do médico ao fazer o comunicado. Busquei a leitura e a pesquisa para esclarecer minhas dúvidas e compreender que essa síndrome é um acidente genético. Também tive muito apoio de amigos e familiares na busca de soluções”.

“Aos 25 dias minha filha já estava em clínica de fisioterapia e estimulação. Depois, o acompanhamento do fisioterapeuta, da professora, da fonoaudióloga e equipe pedagógica na APAE de Xanxerê me deram o suporte que precisava. Não medi esforços para buscar o seu desenvolvimento, cumpria todas as tarefas e hoje posso afirmar, com certeza, que a estimulação é fator importantíssimo nesse processo”.

“A sua história continuou em São José, no CENEI, Fundação de Educação Especial e, posteriormente no Centro Educacional Municipal Interativo, onde cursou o Ensino Fundamental. No Ensino Médio, fez curso técnico de massoterapia. É importante destacar que houve muito apoio pedagógico, programas educativos especiais para desenvolver suas habilidades e acompanhamento diário em suas tarefas”.

Nevair explica que aos poucos a incerteza foi desaparecendo. A realidade mostrou que há possibilidade de aprendizagem e de desenvolvimento constante. “Tudo começa com muito amor e a qualidade dos cuidados, da educação e da experiência social que lhes são oferecidos. Hoje, posso dizer, com muito orgulho, minha filha, como síndrome Down me dá muitas alegrias e, pelo seu discernimento, doçura e simpatia, é uma excelente companheira. Todas as suas conquistas nos mostram a possibilidade de desenvolvimento, atitudes independentes que superam todos os desafios. Criar uma filha com Síndrome de Down é uma dádiva”.

Ana Flávia, filha de Nevair, trabalhou por dois anos em uma agência bancária. Atualmente, atua como auxiliar de biblioteca e integrante de uma academia de balé, que lhe deu a oportunidade de participar de muitas turnês, em Belém do Pará, São Luiz, Recife e Londres. Ainda, brilha nos palcos como membro do Grupo de dança “Lápis de Seda”.

 

Undime-SCCom a contribuição da SME de São José

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