Criança Alfabetizada: formação docente ocorre no Brasil todo
Cursos voltados a professores dos anos iniciais do ensino fundamental visam garantir que todas as crianças brasileiras aprendam a ler na idade certa
O Ministério da Educação (MEC) está fornecendo assessoramento técnico, pedagógico e financeiro para realização de formações voltadas a professores dos anos iniciais do ensino fundamental por todo o País. As ações fazem parte do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que objetiva fomentar e fortalecer o regime de colaboração entre os estados, o Distrito Federal, os municípios e a União. O intuito é garantir a formulação e implementação de ações estratégicas para todas as crianças brasileiras estarem alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental, além de apoiar a recomposição das aprendizagens até o 5º ano dos estudantes prejudicados pela pandemia.
Em Diadema (SP), a Secretaria Municipal de Educação, no dia 27 de abril, iniciou um curso especial de qualificação para professores que atuam na alfabetização de crianças de 1º e 2º anos do ensino fundamental. Um grupo de 140 docentes participará do processo de formação, que prossegue até novembro. Esse total representa 80% dos professores que atuam com turmas de 1º e 2º anos no município. As aulas do curso também serão dirigidas a integrantes da coordenação pedagógica nos anos iniciais do ensino fundamental. Os encontros presenciais serão realizados no Centro Municipal de Formação de Diadema.
Para Ana Lucia Sanches, secretária Municipal de Educação de Diadema, a formação continuada é muito importante para a profissionalização dos docentes e o processo de alfabetização das crianças. “É também, por meio da formação, que a prática pedagógica pode ser revisitada e novas estratégias de ensino com foco na aprendizagem são realizadas nos contextos educativos”, disse.
No município de Brasiléia (AC), mais de 100 alfabetizadores, professores, gestores e coordenadores pedagógicos participaram da formação ministrada pela articuladora municipal do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, Lara Mesquita, e pelo coordenador municipal de ensino, Jesus Bispo, que também é coordenador regional do programa. “A adesão da prefeitura de Brasiléia, por meio da Secretaria Municipal de Educação, ao programa do governo federal é um compromisso de oferecer uma educação de qualidade para todas as nossas crianças”, destacou a secretária de Educação do município, Francisca Oliveira.
Na visão da coordenadora-geral de Alfabetização da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Mônica de Souza, a Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa) — que realiza esse grande movimento nacional — está colocando em movimento a formação para a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental de equipes pedagógicas escolares. “A Renalfa, composta por representantes indicados pelas Secretarias Estaduais de Educação e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação [Undime] de cada estado, é um aprender a fazer juntos, que vamos tecendo cotidianamente, desde o MEC até as unidades educativas de educação básica com foco na alfabetização”, destacou.
Para a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, a SEB tem trabalhado em uma visão sistêmica: “A criança e o seu processo de aprendizagem, durante a alfabetização, é a nossa meta. Nesse sentido, a formação docente para a educação infantil, os anos iniciais do ensino fundamental e os gestores escolares ocupam um lugar de destaque para nós”.
O diretor de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação do MEC, Lourival Martins Filho, destacou que um dos eixos estruturantes do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada é a formação de profissionais da educação e a melhoria das práticas pedagógicas e de gestão escolar. “As diretorias da SEB, na liderança da professora Kátia, têm trabalhado de forma integrada. O que estamos vivendo no processo de formação é um trabalho colaborativo, que se inicia no MEC e está criando força em todo o Brasil, com foco numa alfabetização viva, pulsante e conectada com as crianças do tempo presente”, completou.
Fonte: MEC
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