Mais de 1 milhão de alunos participaram da Semana da Escuta das Adolescências
Ação é voltada para estudantes dos anos finais do ensino fundamental de todo o Brasil e acontece até 31 de maio
A Semana da Escuta das Adolescências nas Escolas — promovida pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e as redes de ensino estaduais, municipais e distrital — já contou com a participação de mais de 1 milhão de estudantes dos anos finais do ensino fundamental. Eles responderam ao formulário que possui questões as quais buscam conhecer, de forma mais aprofundada, os estudantes da etapa de ensino, com enfoque em dimensões conectadas à aprendizagem, ao clima, à convivência, à inovação e à participação.
Haverá uma devolutiva dos resultados, com os dados agregados por escola e redes, por meio de relatório simplificado, com dados anonimizados dos estudantes. Essa é a primeira etapa de uma política nacional de fortalecimento dos anos finais, que o MEC está construindo em diálogo interfederativo.
A Semana da Escuta das Adolescências nas Escolas teve seu início no dia 13 de maio e segue até o dia 31 do mesmo mês, acomodando a diversidade de calendários das redes de ensino, com destaque para a especificidade do Rio Grande do Sul. O estado terá um calendário diferenciado, a ser definido posteriormente.
O programa Escola das Adolescências será lançado logo após a Semana da Escuta. Ele conta com os insumos desse diagnóstico para o desenho e a implementação das iniciativas de apoio técnico e financeiro, que incluem ações de governança dos anos finais, desenvolvimento profissional de educadores e orientações curriculares voltadas a essa etapa.
A fim de chegar ao marco de mais de 1 milhão de estudantes ouvidos e mais de 10 mil escolas participantes até agora, o MEC conta com o trabalho colaborativo da Rede Nacional de Articuladores Técnicos dos Anos Finais. Ela tem cooperado nos esforços para a construção da política em todo o País, em regime de colaboração.
A partir das atividades nas escolas e da devolutiva que será feita junto às redes e escolas com os dados consolidados, o MEC disponibilizará orientações aos gestores escolares para que possam construir um Plano de Ação Participativo da Escola para realizar a devolutiva junto aos estudantes e planejar estratégias a partir dela.
Webinários – Em abril, o MEC, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) organizaram dois webinários preparatórios para a Semana da Escuta das Adolescências nas Escolas. Os encontros contaram com a participação de especialistas, gestores de redes de ensino, gestores escolares, professores e adolescentes, que compartilharam suas experiências. Além disso, foram apresentados os instrumentos da escuta, os quais são diferenciados para 6º e 7º anos e para 8º e 9º anos, a fim de fomentar que os estudantes sejam envolvidos no diagnóstico do território e na criação e implementação de soluções.
O primeiro webinário prévio à Semana foi o “Escutar e acolher na escola das adolescências”, e o segundo webinário foi o “Participar e conviver na escola das adolescências”.
Escola das Adolescências – MEC, Undime e Consed estão desenvolvendo uma política de fortalecimento dos anos finais do ensino fundamental, o programa Escola das Adolescências. A Semana da Escuta se insere como mais um passo relevante na construção dessa política. O objetivo do programa, ainda em desenvolvimento, será ampliar os esforços da cooperação federativa, de forma que possam convergir para a constituição de uma escola acolhedora que impulsione a qualidade social da educação. Assim, melhorará o acesso, o progresso, a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos estudantes adolescentes dos anos finais.
O Escola das Adolescências será organizado em três eixos: Governança; Desenvolvimento Profissional; e Organização Curricular e Pedagógica. Ademais, prevê apoio técnico e financeiro para fortalecer o regime de colaboração na melhoria dos anos finais do ensino fundamental, considerando as singularidades dos sujeitos da etapa, a focalização no apoio às transições escolares e as formas de reorganizar tempos e espaços para instituir um currículo intencional, que expanda e articule diferentes experiências formativas, na perspectiva da ampliação dos letramentos e da autonomia intelectual.
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Fonte: MEC
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