Desigualdade é apontada como principal desafio na educação durante Fórum Estadual do Rio Grande do Sul
Presidente da Undime-SC demonstra preocupação na discrepância entre municípios de pequeno e grande porte, haja visto que cerca de 67% dos municípios catarinenses possuem até 15 mil habitantes
Olhares para a redução das desigualdades na educação integraram as falas de apresentação dos presidentes das seccionais da Undime, Jorge Luiz Buerger (DME de Pomerode/SC) e Maristela Guasselli (DME de Novo Hamburgo/RS), durante a programação do 34º Fórum Estadual de Educação do RS e Região Sul, nesta quarta-feira (4), no Teatro Feevale, em Novo Hamburgo.
Para Buerger, a distribuição populacional, de recursos e de acesso à informação, faz com que os municípios sejam afetados, evidenciando a característica peculiar de Santa Catarina, na qual a maioria se enquadra como pequeno porte. “Dos 295 municípios, 200 tem até 15 mil habitantes, e o grande desafio é como dar conta de uma ampla gama de programas que o governo estadual e federal tem, além do próprio município, com tão poucas pessoas”, aponta.
O esforço dos municípios catarinenses tem levado a educação a um patamar de excelência, o que para o presidente não diminui a necessidade de atenção. “Precisamos de mais apoio de governo na distribuição de riquezas, com políticas que se referem a repartição de recursos, porque sentimos dificuldade de acesso”.
A palestra também destacou eixos essenciais para se estruturar um pilar de redução das desigualdades na educação, dentre os quais, o diagnóstico; o planejamento de gestão administrativa e pedagógica; e ações de avaliação e monitoramento. Segundo Guasselli, é fundamental a verificação de dados para o avanço. “É preciso usar o diagnóstico da rede, para analisar a fundo o que está acontecendo. Quantos são os nossos estudantes pretos, quem olha para esse dado e, trabalha a questão da identidade dessas crianças e, também, dos professores. O que é um ponto estratégico”, afirma.
Para ela, “o planejamento da gestão administrativa e pedagógica é o segundo eixo para se traçar estratégias, porque não adianta criar projetos e programas que o município não vá dar conta de financiar. Tem que está previsto no planejamento, tanto financeiro, quanto pedagógico”, explica a Guasselli, que destaca, ainda, a formação continuada para toda rede de ensino, incluindo pais e estudantes.
Outra questão são as ações de avaliação e monitoramento, para conseguir por em prática o que foi planejado. “Daí vem aquela missiva. Se eu não sei para onde vou, qualquer caminho serve. Então, é extremamente necessário esse olhar para dentro do município, de entender a nossa realidade, para buscar estratégias e planejar ações que vão realmente fazer a diferença e elevar a qualidade da educação ofertada. É um trabalho de várias camadas, e a Região Sul vem sabendo articular bem”, finaliza o presidente da Undime-SC.
Fonte: Undime-SC
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