Titanic leva para o Acre alunas e professora da rede municipal de Florianópolis
Projeto da Escola Mâncio Costa representa a capital em Feira Nacional de Matemática Um projeto desenvolvido […]
Projeto da Escola Mâncio Costa representa a capital em Feira Nacional de Matemática
Um projeto desenvolvido na Escola Básica Municipal de Florianópolis Mâncio Costa, localizada em Ratones, ganhou o Brasil. O trabalho “Uma colisão de proporção”, das alunas Ana Caroline Machado da Rosa e Maysa Silvana Cunha, com orientação da professora Barbara da Silva Borges, representará a cidade na VI Feira Nacional de Matemática, que ocorrerá em Rio Branco, no Acre, do dia 23 a 25 de maio.
“Uma colisão de proporção” estuda o naufrágio do Titanic e os conceitos matemáticos que surgiram com esse acontecimento. O transatlântico, construído há 105 anos para ser o maior, mais luxuoso e seguro de sua época, entrou para história e desperta o interesse de muitos até os dias de hoje.
Foram explorados os conceitos matemáticos de números naturais, racionais, irracionais e reais, fração, razão, proporção, escala, regra de três, ângulos nos triângulos, teorema de Pitágoras e trigonometria. Além disso, as estudantes puderam entender fatos da história do Titanic, algumas curiosidades sobre o navio e, ainda, desenvolver o raciocínio lógico e dedutivo através da montagem de uma maquete.
O trabalho foi inscrito na categoria dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade “Matemática Aplicada e/ou Inter-relação com Outras Disciplinas”.
Segundo o secretário de Educação de Florianópolis, a rede municipal de ensino está orgulhosa em ser representada pelas alunas e pela professora Barbara. “Eventos como esse são um momento de formação, reflexão e construção de aprendizagens ligadas ao mundo real”, completa Maurício Fernandes Pereira.
A VI Feira Nacional de Matemática acontecerá no Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre.
Ligação com objetos da realidade atual
O projeto foi iniciado com uma pesquisa na internet e no livro “Titanic: minuto a minuto”, de Jonathan Mayo. Em seguida, a professora e as estudantes buscaram descobrir a matemática que havia nos dados coletados.
“Encontramos inúmeros conceitos matemáticos que estão relacionados ao transatlântico e que foram linkados com os objetos de nossa realidade, para que tivéssemos dimensões reais das proporções abordadas”, conta a professora Barbara.
Uma maquete foi montada pelas estudantes com o objetivo de trabalhar o raciocínio lógico e dedutivo, além da concentração. Massinha de biscuit foi utilizada no cálculo da densidade.
Navio versus ônibus de Ratones
De acordo com Maysa e Ana Caroline, o projeto mostrou que a partir de um assunto de interesse delas é possível aprender a matemática do ensino fundamental.
Por exemplo, para trabalhar as unidades de medida de superfície, de área, de massa e de volume, elas realizaram a aproximação entre as medidas do navio e a realidade das estudantes. Assim, compararam o comprimento do navio, 269 metros, com o comprimento de um ônibus que faz as linhas de Ratones, que tem aproximadamente 13,2 m. “Com isso aprendemos que o comprimento do Titanic equivale a aproximadamente 20 ônibus enfileirados”, explicam.
“O trabalho também nos conduziu a um estreitamento dos nossos laços de amizade e nos ensinou a trabalhar em equipe, respeitando as ideias e opiniões uns dos outros e como cada um pode contribuir com o que sabe ou conhece”, complementam.
Undime-SC – Com a contribuição da SME de Florianópolis.
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